KRIST NOVOSELIC E DAVE GROHL CONTINUAM SEGUINDO SUAS
CARREIRAS MUSICAIS, EM BUSCA DA FAMA QUE TIVERAM UM DIA A LADO DE KURT COBAIN.
Aliás, eles não gostam de ver o Nirvana mitificado. "Muita gente não percebe que o Nirvana era formado por três caras absolutamente comuns. Me surpreende essa história de termos influenciado milhões de jovens. Kurt não era Jesus Cristo, era só um sujeito adorável, talentosíssimo, é verdade, mas comum. É uma pena que achem que ele era um rockstar como Jim Morrison ou John Lennon. Fazíamos música, não queríamos virar uma religião", desabafa Dave, pelo telefone, direto da cidade de Charlotte, nos EUA. "Também não gosto muito da mitologia que se formou em torno da banda. Mas, se é o que querem, não sou eu que vai tirar isso de ninguém. Só é importante dizer que o Nirvana tocava o som que vinha da alma, estava ligado com o público e fez a música certa, na hora certa", avalia Krist, de sua casa em Seattle.
Dave e
Krist falaram separadamente e nem sequer sabiam que iríamos fazer entrevistas com ambos.
No entanto, os pontos de vista dos dois são parecidíssimos, quase iguais. Como era de se
esperar, ele sentem mais falta é do amigo Kurt. "Cara, a fase que eu chorava quando
lembrava dele já passou... Mas, até hoje, volta e meia me pego pensando nele. Kurt era
um bom amigo...", lembra Dave. Krist se emociona mais: "Sinto muita saudade...
É difícil falar sobre ele, sabe? Nós temos uma história inacabada, gostaria de me
comunicar com ele... Não importa se você é o presidente dos EUA ou o papa. A tragédia
está te cercando a cada esquina e é preciso saber lidar comisso. Aceitar a realidade e
seguir em frente..."
É exatamente isso que os dois ex-Nirvana têm feito. Dave, está arrebentando com o seu Foo Fighters, sendo aclamado como grande talento da nova geração do rock americano. Krist acaba de lançar o primeiro disco do seu novo grupo, Sweet 75. "Na última vez em que estive com Krist, ouvi umas demos antes do álbum e gostei muito. O som é bem diferente, esquisitão... Me lembra um pouco os Byrds", arrisca Dave, tentando definir o trabalho do ex-parceiro.
Lembrando do primeiro show que o Nirvana fez no Brasil, em 16 de janeiro de 1993, durante o Hollywood Rock, Dave e Krist se derretem. "Ah, tenho ótimas lembranças do Brasil... Meu Deus, como eu poderia esquecer! Estávamos completamente fora de nós, doidos mesmo. Fizemos um show experimental..." decreta Krist. Dave ri quando lembra do episódio: "Foi um dos momentos mais estranhos da minha vida... Estávamos na frente de milhares de pessoas e, mesmo assim, botamos pra foder. Tocamos como se estivéssemos ensaiando... O melhor era a cada do pessoal do L7 e do Chili Pepers, ao lado do palco. Com os olhos arregalados, eles falavam: 'O que vocês estão fazendo? Ficaram malucos?' "
Agora é a nossa vez de arregalar os olhos. Segundo Dave e Krist, ainda há duas músicas inéditas do Nirvana. "Não me lembro o nome delas... Aliás, nem sei se elas têm nome. Sei que não é material suficiente para um disco inteiro...", diz Krist. Mais otimista, Dave se empolga: "Acho que a última canção que fizemos é uma grande música. Talvez uma das melhores que já escrevemos e só três pessoas a conhecem. Um dia, com certeza, sai em algum disco". Equanto isso...
Dave Grohl está na boa. Aliás, está na ótima. Amarradão, sob o sol do verão americano, o ex-baterista do Nirvana e líder do Foo Fighters, agora sem o cavanhaque que adotou no começo do ano, se refresca num bar de praia, na Carolina do Nore, onde aproveita uns dias de férias antes de embarcar para a Europa. Falando pelo telefone, ele confessa que acaba de voltar do mar, onde "pegava umas ondinhas". "Desculpa, você não pode falar um pouco mais alto? Tá u pouco confuso aqui..." diz o novo solteiro da praça - divorciou-se no final do ano passado. Tudo bem, Dave, dá pra perceber a zoeira pelo lado de cá da linha. O negócio parece estar bom aí... "Quer saber? Estou me divertindo muito como solteiro.. Você entende, né?" Perfeitamente.
Vamos aos fatos: The Colour And The Shape, o segundo disco dos Foo Fighters, vem tendo um desempenho ainda melhor do que o álbum de estréia, lançado em 1995, e Dave deixou definitivamente de ser "aquele cara talentoso que tocava bateria no Nirvana" e passa a figurar como uma das grandes cabeças do novo rock americano. O maior responsável por isso são suas músicas simples, pesadas e altamente melódicas. Do jeitinho, aliás, das canções inesquecíveis compostas por Kurt Cobain. "Uma das coisas que fizeram com que eu, Krist e Kurt nos déssemos tão bem é que gostávamos tanto de punk rock como de música pop. Ouvíamos Black Fla e ao mesmo tempo Beatles, Abba, The Smithereens... Tem outra coisa: hoje eu toco guitarra, mas gostaria mesmo de estar tocando bateria. Então toco bateria na guitarra! Por isso é que o Foo Fighter é tão melódico e porrada", explica. Mas durante o tempo covivendo com Kurt, não deu pra aprender nada? "Numa época, dividimos apartamente e quando sentávamos para tocar guitarra era muito enriquecedor... O cara era foda, né? Eu aprendi muito com ele... Foi o Kurt, aliás, quem me ensinou a cozinhar peixe. Ele era ótimo na cozinha!", conta, aos risos.
Rindo ainda mais, lembra de quando, moleque, roubou um violão com cordas de nylon do pai e, a partir daí, passou a fazer um barulho dos diabos - até que a mãe, não agentando o martírio, mandou o Davinho maleta tomar aulas de guitarra. Foi aí que tudo começou. "Desde então não parei mais de compor. Cara, eu amo música, sou absolutamente obcecado pelo negócio...", diz, empolgado. Ok, mas por que nunca incluiu nenhuma composição sua no repertório do Nirvana? "É, trabalhamos meio juntos em 'Polly', mas foi só. Nós já tinhamos músicas demais... Como Kurt era genial, usávamos as canções dele. Além do mais, eu era muito tímido, tinha medo de mostrar as coisas que escrevia. Só um pouco antes dele morrer é que tomei coragem e abri o jogo. Kurt gostou especialmente de duas músicas e iríamos incluí-las num futuro disco do Nirvana. Elas eram 'Exhausted' e 'Alone+Easy Target', que acabaram entrando no primeiro álbum do Foo Fighters."
Esse álbum, você
sabe, era na verdade uma demo tape inteiramente tocada por Dave e que acabou virando CD.
"Na minha casa tinha um porão onde montei um pequeno estúdio. Então, quando tinha
alguma idéia, era só descer a escada e registrá-la. No final de 1994, tinha 35 músicas
prontas", conta orgulhoso. Para Dave, o Foo Fighters é como se fosse um filho.
"Eu me orgulho muito dessa banda. É o bebezinho que eu não tive. Me envolvo com
absolutamente tudo. Quero saber para aonde vai, como vai..." Não é lindo? Só que
depois de três anos direto, vivendo em função da banda, Dave está precisando
dar um tempo. A essa altura do campeonato, depois da turnê europeia, que passou pela
Inglaterra, Irlanda, Bélgica, Holanda, Alemanha, Áustria e Hungria, o cara provavelmente
está numa situação bem parecida com a que vivia no momento desta entrevista, relax.
"Preciso descansar e vou dar uma parada de seis a oito meses na banda. Estamos direto
na estrada desde janeiro de 1995, só paramos durante um mês e meio, entre o fim da
turnê do primeiro disco e o início das gravações de The Colour And The Shape. Tem
mais: estou nessa história de rock'n'roll desde os 17 anos. Agora estou com 28. Pô, são
onze anos só pensando nisso. Preciso ter um pouco de vida fora de bandas de rock",
desabafa. É, faz sentido... Mas que tipo de coisa você vai fazer? "Cara, tenho uma
maneira de viver muito comum. Gosto de sair com os amigos, fazer churrascos, aquelas
mesmas coisas banais que todo mundo faz. Não canso de dizer: sou um sujeito normal",
insiste. É isso aí. Dave odeia - reforçar não custa nada - esse negócio de idolatria
e de ser tratado como popstar. "Eu não acho que um pôster com a sua cara pregado na
parede seja importante. Pô, colocar um cara num pedestal só porque ele toca guitarra?
Muitos deles são uns merdas, não valem nada...", detona. O discurso violento é
resquício da sua adolescência punk. "Nessa época, eu ouvia punk rock e fazia uns
bicos. Trabalhava numa pizzaria e numa loja de móveis para poder ver os amigos tocarem na
sexta-feira à noite", conta.
Quando moleque, Dave era o diabo. "nasci hiperativo, vou fazer o quê? Meus professores sempre chamavam a minha mãe na escola para reclamar sobre isso. Diziam que eu era um aluno brilhante, mas poderia me sair ainda melhor se conseguisse manter o rabo sentado na cadeira. De qualquer forma, até entrar no científico, tirava notas bem altas, sabe? Aí, comecei a fumar maconha e não quis mais saber de porra nenhuma", lembra. E agora, Dave? "Não, não fumo mais maconha e nem bebo. A doideira da época do Nirvana foi o suficiente..." E a hiperatividade? "Ah, continuo com muita energia. Não agento ficar sem fazer nada. Se estou em casa de bobeira, vou lavar janela, molhar o jardim, qualquer coisa... Muitas vezes acabo com a guitarra na mão, estudando, compondo..." revela. Isso explica alguns projetos paralelos, como a banda Harlingtox AD, em que Dave toca baixo (!), e a autoria da trilha sonora do filme Touch. "Fazer a música desse filme foi uma experiência divertidíssima! Numa trilha sonora, você não precisa fazer pop ou rock, tem de criar qualquer tipo de música, tirar sons, barulhos malucos... As possibilidades são infinitas. Se eu pudesse, ficaria uns três anos só fazendo esse tipo de trabalho. Quero investir em mais uma trilha ano que vem", diz, meio que querendo encerrar a entrevista. "Cara, não me leva a mal, mas tenho de atender a um jornalista da Alemanha daqui a dois minutos", pede, depois de mais ou menos 45 minutos de conversa. outra entrevista? Você não está de folga, Dave? "É, o pessoal da gravadora sempre faz esse tipo de coisa. Mas tudo bem..." Ok, última pergunta? Nas fotos mais recentes do Foo fighters, você e os caras da banda estão sempre vestidos com roupas de costureiros famosos, como Armani ou Givenchy. O que aconteceu com aquele garoto punk que gosta de Pixies e Hsker D? "Ha-ha-ha... Boa pergunta... Fazemos fotos com esse tipo de roupas de sacanagem. É bem divertido, sabe? Só isso. Não me transformei num modelo, não... Eu não quero que pensem que estamos frescos assim. No palco, continuamos nos vestindo como mendigos..." Esse é o Dave Grohl que a gente conhece...
Assim como Dave
Grohl, Krist Novoselic também está feliz. Mas levanto uma vida completamente diferente
do ex-parceiro. Casado, ele fala de sua casa em Seattle, ao mesmo tempo em que vê
televisão provavelmente abraçado no gatinho de estimação. Enquanto o bichano mia, ele
pausadamente conta que não é mais aquele maluco que jogava o baixo pro alto
- e várias vezes se machucava com gesto. "Tudo mudou na minha vida depois da morte
de Kurt. Um dia antes de ele morrer, eu era um garoto sem saber como as coisas
funcionavam. Um dia depois, me transfomei num adulto. Comecei a ver o que estava errado na
minha vida e melhorar o que estava certo. Parei de beber e estou tentando ter uma vida
mais saudável", diz. Bastante realista, Krist atesta que o maior problema de Kurt e
do Nirvana era o abuso de bebida e de drogas. "Bebíamos demais, era uma espécie de
disfunção, pegávamos muito pesado no álcool e nas drogas. A tragédia com Kurt nos fez
ver que é muito importante estar saudável fisicamente e mentalmente", revela. para
isso, Krist está fazendo ioga e "tentando virar vegetariano há anos".
"Pô, tá meio difícil, sabe? De um peixinhoo eu não abro mão..." (cá entre
nós, o cara deve ter ficado viciado no tal peixe que kurt cozinhava e ensinou Dave Grohl
a fazer). Em relação às drogas, ele garante que está distante delas. Sem discurso
careta, é claro. "Eu não sou maluco de recomendar que as pessoas usem drogas. Mas
viver e aprender é a melhor coisa, é preciso se queimar para ver como o fogo é. O
problema é quando você deixa de controlar as drogas e elas passam a controlar você. Aí
o sujeito está encrencado...", ensina, do alto dos seus 32 anos. "Acho que
quando se tem 20 anos é a hora de o cara fazer as suas merdas... eu fiz as minhas... Só
quando entrei na casa dos 30 é que percebi que tenho toda uma nova década pela
frente", completa.
Muito bem: idade nova, vida nova, banda nova. E instrumento novo! O ex-baixista do Nirvana hoje toca guitarra de doze cordas no Sweet 75, o grupo que formou com a lésbica venezuelana Yva Las Vegas. É ela quem escreve todas as letras, falando da sede da gravadora, em Seattle. "São sobre coisas mais pessoais... Gosto de canções de amor", revela. E explica como tudo começou: "A mulher dele me contratou para tocar numa festa surpresa para Krist. Foi no dia 16 de maio 1994, pouco depois da morte de Kurt. Ele estava tristíssimo, aliás, ninguém na festa estava muito bem. De qualquer forma, ele se surpreendeu com as coisas venezuelanas que eu toquei e, dias mais tardes, me chamou para formarmos uma banda", conta. Perguntada sobre como é trabalhar com um cara que faz parte da história do rock, ela responde com ternura: "No começo, eu pensava nisso e a relação do trabalho ficava um pouco mais dura. Hoje, nós somos amigos; as pessoas criaram um mito que não corresponde ao que Krist é realmente. Ele é um docinho... Um sujeito maravilhoso, bom caráter e absolutamente normal, sem 'rock-estrelismos'."
Agora, depois de pequenas turnês pelos EUA abrindo para o dinosaur Jr. e para o Sky Cries Mary, o Sweet 75 estréia em CD. E que estréia. Sweet 75, o álbum, é um dos discos mais estranhos da temporada. Não parece com nada. "O que nos caracteriza mesmo é a guitarra de doze cordas, a voz meio blues da Yva e um formato de pop bem radical... Yeah!", explica Krist, empolgado. Já um crítico de Seattle definiu o som da banda como louge grunge (algo como grunge de salão, referindo-se ao som easy listening dos anos 60). E então, Krist? "Ha-ha-ha... Ele está falando principalmente da música "La Vida". ela tem aquele espírito louge, com naipe de metais misturado com vários elementos do grunge. É um negócio meio híbrido, sabe?", elucida. É, não tem nadinha mesmo a ver com o Nirvana... E Krist acha isso ótimo: "Embora os fãs esperassem algo parecido com o Nirvana, é melhor que o Sweet 75 soe completamente diferente. Artistas são motivados por superar fronteiras. O Nirvana gravou In Utero, seu último álbum, em 1993. Se hoje estivéssemos juntos, provavelmente teríamos mudado algo no som da banda. Kurt era muito talentoso, criativo, estava sempre procurando coisas novas. Isso é fundamental para qualquer artistas. Vê o exemplo do Sepultura..." Sepultura? "Acho Roots um disco maravilhoso. Esse negócio de buscar elementos com os índios é sensacional. Mal posso esperar pelo disco novo...", diz e emenda uma palhinha feliz da vida: "Roots, bloody, roots!" A felicidade vira surpresa quando o repórter lhe diz que Max Cavalera deixou o grupo. "O quê??? eles separaram? Max mora em Phoenix, né? E os outros caras?", pergunta, ansioso. Dadas as devidas respostas, agora é a vez do escriba aqui arregalar os olhos. ele faz questão de declarar-se fã de outra banda brasileira: Mutantes. "É absolutamente fantástico! Ouço muito, muito mesmo", empolga-se referindo-se ao primeiro disco do grupo. Curioso a respeito do destino dos Mutantes, Krist fica sabendo que Arnaldo Baptista se jogou do quinto andar de um hospital em São Paulo e não morreu. "Jesus!!! Ele pulou da janela e não morreu??? Meu Deus!!!", espanta-se, atônito. De volta a assunos mais amenos Krist explica por que não voltou com um trabalho solo. "Eu não acho que seja capaz de ser líder de uma banda. Não sou compositor. Crio muitos riffs, mas não sou capaz de sentar, pegar a guitarra e fazer uma canção. Preciso estar em contato com sentimentos, experiências diferentes... É isso que faz a diferença", diz. E chupar uns disquinhas bacanas também, né? Afinal, foi ao ouvir uma colaboração do lendário baixista do Led zeppelin, John Paul Jones, no disco The Sporting Life, da cantora grega Diamanda Galas, que Krist resolveu definir o som do Sweet 75. Ele mesmo é quem diz. "Bem no começo, o grupo era formado só por mim e pela Yva. Eu tocava violão de doze cordas e ela um de seis. Quando ouvi The Sporting Life, tive o estalo: 'Por que estou fazendo som acústico? Eu quero é rock!' Saí correndo e comprei a tal guitarra de doze cordas". falando em influências, a nova paixão de Krist vem do Oriente. "Se um dia eu fizesse um disco solo, não soaria como Nirvana ou Sweet 75, seria algo como Ravi shankar", conta. Ravi Shankar? "Você já ouviu o disco novo deles? É fantástico, produzido pelo George Harrison, recomendo...", dá a dica. Anotado.
Filho de croatas, em 1995 Krist teve intensa na assistência às vítimas da Guerra da Bósnia: foi lá conferir de perto a tragédia e escreveu o texto principal da coletânea Help, disco cuja renda foi toda revertida para os órfãos e as crianças carentes da região. Ainda naquele ano, lutou pelo fim da censura na música, auxiliando o antivista Richard White na organização Jampac (Joint Artists and Music Promotions Political Action committee). "Tenho de me manifestar contra as coisas que me agridem filosoficamente. Toquei num show beneficientes com o meu outro projeto Sunshine Cake e depois resolvemos fazer a trilha sonora de um filme sobre a discriminação dos gays no Estado de Washington", conta. E esse tal outro projeto? "Ah, é uma brincadeira... Trocamos de nome a cada apresentação. No último show éramos Fire Power Generation."
O negócio agora, garante, é se dedicar mesmo ao Sweet 75: "Há muito trabalho pela frente. A maior missão é fazer com que o público se envolva com a música do grupo. Queremos ser aceitos pelo trabalho, não por ser a banda do ex-baixista do Nirvana".
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